As Repúblicas da Espanha #HistóriaIbérica

Os Filhos de Heródoto
3 min readNov 26, 2020

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#lucas

No capítulo de hoje, falaremos sobre as Repúblicas espanholas. Tendo como base os capítulos passados, a Espanha se encontrava enfraquecida e rodeada de instabilidades em meados de, culminando no domínio de Napoleão sobre a mesma em 1808 e entregando o trono da Espanha a seu irmão, José Bonaparte, dando início a uma monarquia que não duraria muito tempo e José seria obrigado a renunciar, por ser considerado um "rei invasor". Após a retorno dinastia Saboia, e cerca de 53 anos de poder detido, Isabela de Saboia seria deposto e as Cortes Gerais (que eram o parlamento) levariam Amadeu I ao poder, neste momento da história. o modelo político na Espanha é caracterizado como monarquia parlamentarista. Porém, Amadeu também renunciaria pouco tempo depois devido às instabilidades que existiriam no seu governo, como por exemplo, a guerra dos 10 anos contra a capitania de Cuba, que buscava a sua independência. Após a renúncia do de Amadeu, foi instituído uma Assembelia Nacional Composta por parlamentares, muitos deles monárquicos. Desse modo:

“ A Assembleia Nacional resume todos os poderes e declara a República como forma de governo da Espanha, deixando às Cortes Constituintes a organização desta forma de governo. Escolher-se-á por nomeação direta das Cortes um poder executivo, que será amovível e responsável ante as mesmas Cortes. ”

As Cortes gerais escolheram um presidente do poder executivo, porém o cargo de presidente da República não, pois nunca se chegou a aprovar a nova Constituição que criava esse cargo. Logo, se após a criação da República se discutiria se a mesma seria Federal ou Unitária, desse modo foi criado o projeto de constituição federal e seu primeiro artigo fixava:

“ Compõem a Nação Espanhola os Estados de Andaluzia Alta, Andaluzia Baixa, Aragão, Astúrias, Baleares, Canárias, Castela a Nova, Castela a Velha, Catalunha, Cuba, Estremadura, Galiza, Múrcia, Navarra, Porto Rico, Valência, Vascongadas. Os Estados poderão conservar as atuais províncias ou modificá-las, segundo suas necessidades territoriais. ”

Mas o mesmo não sucedeu e a Espanha se tornou uma República Unitária em que os Estados não teriam tal autonomia, mas isso não duraria muito até porque só durou 1 ano, tendo seu fim com a restauração da Monarquia Bourbon.
Ao longo da sua história, a Espanha teve duas repúblicas proclamadas, em que a primeira delas durou apenas um ano, de 1873 a 1874, e a segunda seria logo após a deposição de Afonso XIII da dinastia Bourbon, e que foi proclamada em 14 de abril de 1931 na sequência da vitória republicana nas eleições municipais, as quais definiram se a Espanha continuaria nos moldes monárquicos ou republicanos, tal como foi concebida e tendo como primeiro presidente Niceto Alcalá-Zamora. Mas é preciso entender os processos que existiriam nesse período da dinastia Bourbon que serão fundamentais para os desdobramentos futuros, e um desses processos foi o golpe militar e Miguel Primo que chegou ao poder e dissolveu o parlamento, criando um estado autoritário com traços nacionalistas, inspirados nos movimentos de mesmo cunho que se encontravam em ascenção na época mas como se deu isso? O pedido da Dinastia Bourbon foi caracterizado por uma certa estabilidade institucional, a construção de um modelo liberal do Estado, características essas que não eram defendidas por Miguel Primo como já apresentado, logo, a Dinastia teve uma progressiva decadência, que conduziria à ditadura de Primo de Rivera em 1923. Depois, é tentado por Afonso XIII a restauração da Dinastia, mas a Segunda Republica seria efetivada, e a mesma duraria até a guerra civil espanhola e com início do Franquismo de cunho nacional tal qual remonta a ditadura de Primo. O franquismo que sucedeu a guerra civil e a própria guerra civil, serão retratados com mais veemência nas próximas postagens, fiquem de olho.

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Sob a proteção de “papai” Heródoto, a História avança as vicissitudes do tempo(Falamos bonito né? Rsrs). Vem com a gente, porque a História é longa!

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